4.4.12

[Resenha] Emma...

Bom, essa semana vou escrever sobre o romance Emma da Jane Austen. A minha sinopse do livro é:

Emma Woodhouse é uma moça que pretende nunca se casar e se manter vivendo junto ao pai em Hartfield. Apesar da pouca disposição para o casamento, Emma acredita ser alguém com o dom de formar casais após conceber o feliz casamento entre Miss Taylor (sua governanta) e Mr. Weston. Seguindo sua intuição procura envolver o pároco Mr. Elton com sua jovem amiga de origem pouco conhecida Miss Harriet Smith.
Emma conta com a amizade e sinceridde de Mr. Knightley e a admiração do jovem Frank Churchill, filho do Mr Weston tão aguardado em Highbury, o qual ela acredita ser o único jovem que poderia propiciar um casamento adequado para ela.

Tenho que dizer com forte dor no peito que este foi um livro de Austen que não me conquistou. Se eu achei ruim? Não, o livro é bom. Emma talvez seja a mais estúpida das mocinhas, com aquela estupidez com que frequentemente imaginamos as mocinhas ricas de alta sociedade. Mocinhas que não conseguem enxergar com clareza seus defeitos, enxergam nos demais apenas o que querem (mesmo quando tais características sequer existem) e se acreditam sempre fazendo o melhor para os demais.
Bom, Emma também é a única mocinha realmente rica. A maioria das mocinhas de Austen costumam sofrer algum tipo de preconceito de famílias mais ricas. Emma é o preconceito muitas vezes, como se contando a história de um outro prisma de personagens que já estavam lá. Mas, claro, Emma não é má. É ingênua.

No entanto, o final traz uma reviravolta (não, não pretendo contá-lo!). Se a mocinha se vê em condições de repensar as más situações causadas por seus erros, a autora também reafirma diferenças sociais. Enquanto vemos em outros romances jovens sendo preteridas por cavalheiros mais endinheirados que suas famílias, aqui vemos uma personagem concluir que o seu erro foi crer que esse relacionamento entre classes distintas seria aceito/adequado. Que o melhor é pessoas de classe com pessoas de classe e o resto com o resto.

Talvez um pouco disso tenha me deixado triste com Jane. Talvez o fato das pequenas histórias dentro do livro se enrolarem um pouco demais, me pareceu que precisava termina uma pequena história para se iniciar outra. Assim surgiram passagens desnecessárias (o que é quase uma afronta contra minha ideia de um clássico inglês, tudo sempre é necessário, mesmo que longo).

Li a versão completa e traduzida de Emma da edição de bolso da Saraiva. Antes já havia lido uma versão adaptada (e megareduzida) em inglês e conhecia superficialmente a história da minha infância graças ao Patricinhas de Beverly Hills, que é uma adaptação cômica que acredito ter captado muitos aspectos da aura do romance original.



 Outra opinião sobre o livro em Esperando o esperado (bem legal, ela fala sobre a desavença de Charlotte Brönte com Austen)


Saraiva: R$12,90 a R$46,00

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