12.12.12

[Resenha] Loucamente sua...



Loucamente sua foi um livro que li de modo cômico. Quase sempre que eu entrava no site da Saraiva sentia vontade de comprar, sempre deixando para a próxima. Fui ao Shopping para trocar o presente do meu primo e acabei passando a mão nele.
Resultado: fiquei lendo ele na fila do supermercado por no mínimo uns 45 minutos.

E eu gamei!
Não estava me relacionando muito bem com a leitura do momento (Inverno das fadas), e deu um certo ar para mim terminar a outra leitura logo, para concluir Loucamente sua.

O enredo não é nada surpreendente (menina criada para ser perfeita sai de casa em busca de liberdade, volta à cidade e se vê numa encruzilhada: dinheiro ou liberdade. Para complicar um pouco, há um relacionamento juvenil mal resolvido do passado), o livro está com alguns problemas de revisão, houveram algumas pontas soltas na história e... ainda assim, eu adorei!

Devo começar que Nick é o Travis Maddox sem a parte do ciúme possessivo e da violência. É ferormônio puro, machão estúpido com as demais mulheres e dedicado a fazer a protagonista ‘a mulher mais feliz do mundo’ (não estou falando em casamento!) e com os pensamentos mais confusos também.

Nick é um personagem que podemos passar apenas pelo ‘gostosão’ da história, ou por um dos personagens mais fascinantes como pessoa. Ele nasceu bastardo com todo o significado ruim da palavra. Ele foi gerado numa relação de interesse, foi rejeitado pelo pai (mesmo sendo a cara dele), cresceu vendo seu pai dar amor a uma enteada e, no fim da vida de seu pai, precisa aturar suas tentativas de aproximação na esperança de ver o seu nome seguir adiante.
É duro, e ainda assim Nick cresceu popular, amadureceu (de certo modo), prosperou na vida profissional. Mais do que isso, podemos acompanhar diversas passagens em que demonstram que ele não permitiu que o rancor ultrapassasse ou confundisse seus sentimentos.

Curto a reflexão que o próprio Nick faz de que o irmão (outro garanhão da cidade) sempre soube que gostaria de ter uma família, de se casar novamente. Enquanto ele permanece o solteirão cobiçado para a cama das mulheres. Nós leitores sabemos porquê. O próprio Nick imagina porquê. E, mesmo assim, ele se comporta como nós nos comportamos diariamente: com orgulho.

O orgulho de Nick é o que move toda a trama da história, mas eu não revelarei assim de graça. Foi algo que me instigou nas primeiras páginas: o que aconteceu entre Delaney e Nick no passado?
Nós sabemos desde a sinopse que houve um relacionamento, porém no início só lemos os receios dos reencontros, porque a história é contada sob a perspectiva de Delaney na maior parte do tempo, mas alterna com Nick.
Embora seja narrado em terceira pessoa, é quase como se fosse em primeira, porque conseguimos entrar a fundo na pele dos personagens nos seus sentimentos e confusões.

Enfim, uma leitura que me agradou muito! Não programada e bem-vinda.
gostaria de ter podido ver um embate maior entre os salões da cidade, porque algo que me encantou foi a protagonista descobrir o quanto era boa como cabeleireira e se impor diante da mãe (e de outros amigos) com orgulho por uma profissão considerada ‘inferior para a filha do prefeito da cidade’.

Recomendo, e acho difícil alguém achar ruim ao ponto de sequer se divertir.


Outras resenhas que eu gostei do livro: Viagem literária, Livros e citações, Leituras e devaneios (concordo que a Delaney não cresceu, ela continuava muito imatura em muitos momentos da história), Um livro no chá das cinco (outra que gostou do Nick), Amor por clássico (também me encantei com o clima de interior, muito filme de sessão da tarde)

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