7.1.13

[Natela] Duas histórias reais em um sábado a noite

Primeiramente, FELIZ DIA DO LEITOR! Mas, não foi para falar de livros que eu vim postar hoje, porque segunda é dia de falar dos filmes vistos na semana anterior.
Uma das minhas metas (já em 2012) era possuir um dia do cinema, que era um dia fixo na semana. Percebi que era bobagem e passei (ainda estou) por uma fase em que estava meio desempolgada de ver filmes (parece milagre!). Decidi retomar para esse ano a mesma meta, e comecei quase descumprindo, compensando em dobro.

Sábado foi dia de assistir dois filmes que eu estava curiosa para conferir desde seus lançamentos nas telonas: Redenção e Compramos um zoológico.

Redenção - Machine Gun Preacher / 2011 / Marc Forster / 129 minutos

Eu vi o trailer (e embora o Diego ache que eu apenas tenha tido interesse no Gerard Butler) e fiquei muito interessada na história.
Um criminoso, usuário de drogas, sai da cadeia e descobre que sua esposa não é mais stripper porque virou evangélica. Ele não consegue conceber que agora ela ganhe menos para trabalhar num supermercado porque não acha digno ir ganhar as gorjetas para dançar e tirar a roupa.
Eis que o cenário muda, ele também se converte e muda de vida. Sam Childers consegue mudar a sua vida e de sua família trabalhando com construção, mas a verdadeira mudança ocorre quando um pastor missionário na África vem à Igreja e ele decide seguir os passos do pastor. Ele descobre o horror da guerra que está instaurada no sul do Sudão e norte de Uganda, e percebe que quer ajudar as crianças da região.

O filme é incrível, simplesmente pelo fato de que é real. Tão real que mostra quão incrível Sam pode ser e como ele também pode se perder no seu objetivo de salvar as crianças. Que o limiar entre se doar e se perder é muito pequeno.
Um dos diálogos mais marcantes para mim é quando a esposa dele diz que ele é tudo para aquelas crianças, mas também é tudo para a própria família. E eu confesso que é tão brilhante porque eu no lugar dele não saberia como me portar, provavelmente estaria até hoje ponderando o que fazer.

Acho que é um filme que é imperdível pela sua história, para vermos os milagres que podemos operar em nós mesmos e pelos outros, quando muito do que fazemos é nos auto-destruir. Refletir se trocarmos o celular é mais importante do que investir dinheiro em outras ações. (RECADO PARA O RAFAEL MAIORAL: eu não sou contra repartir o que temos com os outros, viu? Só acho que o modo como essa doação ocorre, que ela não deveria existir. Bom, acredito que já entendemos nossos motivos. Acho que o filme também pode servir para refletir o limiar e as causas dos conflitos)




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Compramos um Zoológico - We bought a zoo / 2011 / Cameron Crowe /124 minutos

Aí eu já aproveitei e emendei nesse filme que eu estava bem curiosa para ver. Eu já li o livro e não gostei muito, principalmente pelo autor (um jornalista!) não ter conseguido conduzir bem o relato.
Confesso que embora ache uma história intrigante e que o filme tenha ficado bem família, Hollywood melhorou o modo como a história é contada, porém as mudanças realizadas ficaram muito menos emocionantes que a história real.

Bom, isso não modifica as coisas, mas Benjamin Mee é britânico e compra um zoológico na Inglaterra, embora aqui a história seja americana. E embora seja um jornalista, ele não é lá um repórter louco alucinado por cobrir apenas aventuras insanas (é essa a imagem que passa). E embora tentem colocar a sua paixão por bricolagem no filme, ela não ficou muito evidente ou 'explicada'. Afinal, colocar o zoo em forma vem em grande parte por essa paixão.
O que eu achei que decaiu na história foi a tentativa de romancear a história do jornalista com a tratadora-chefe (não é spoiler, você adivinha isso no momento que Scarlett Johansson aparece). É porque no filme ele compra o zoo após a morte da esposa, enquanto que no livro ela falece durante o projeto de reestruturação do local. E a relação familiar e como tudo isso está intricado foi um dos pontos altos dessa história real. Sem falar que enquanto o Bejamin do filme gasta sua grana da herança na compra, na vida real a família se uniu na proposta dele com a herança de todos para fazer o sonho se tornar realidade.
Acho que foi uma perda gigante não terem aproveitado isso para criar um romance água com açúcar sem muita razão pra ocasião.

Ah, e as muitas frias que eles enfrentaram no livro (e portanto, na realidade) foram melhor roteirizadas nas páginas da vida do que na tela. As aventuras se resumiram a uma fuga e alguns pequenos problemas. Bejamin Mee passou sufocos bem piores do que os retratados na versão do cinema.
Não é um filme ruim, como eu disse, bem família, para relaxar. Não assistiu? Não perdeu nada não.

Melhores coisas na versão do cinema foram a relação conturbada entre pai-filho nessa fase sem a mãe, e a mudança de vida de um adolescente em crise para um local isolado. E, obviamente, a personagem Rosie (Maggie Elizabeth Jones) com um charme, uma carisma e uma atuação impecável para alguém tão pequenininha. E ela de uniforme do Zoológico ficou parecendo uma bonequinha.


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