23.1.13

[Resenha] On the road, Pé na estrada




Título: On the road: pé na estrada
Título original: On the road
Autor(a): Jack Kerouac
País: Estados Unidos da América
Ano publicação original: 1957
Editora: L&PM
Páginas: 380


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(2/5)

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Bom, começamos a resenha do primeiro livro que li no ano e que não foi 5 estrelas. Aliás, um dos livros que considerei muito difícil avaliar.
Começo dizendo que após a leitura eu não pretendia resenhá-lo. Só que ele era a única leitura que se encaixava em algum item do Desafio realmente desafiante para esse mês.
O blog 'Silêncio que eu tô lendo' está promovendo a edição 2013 do desafio, com 16 desafios de leitura do qual você deve escolher ao menos 12 para realizar ao longo do ano.
O desafio correspondente a esta resenha é:

7. Ler um livro que é citado em outro livro. 

Já que Charlie de As vantagens de ser invisível lê por indicação de seu professor.

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Breve sinopse...

Sal Paradise, um jovem escritor que faz amizade com o estranho Dean Moriarty, decide no verão de 1947 cair na estrada com alguns dólares no bolso, um saco nas costas e pedidos de carona.
A aventura se repete em anos seguintes e nos vemos pegando a estrada e conhecendo os Estados Unidos e as pessoas que entram e saem do universo de Sal

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Pois é, a grande verdade é que eu queria ter gostado do livro. Mas não foi assim que aconteceu.
A leitura é fluida no decorrer das páginas que contam a história de Jack Kerouac, ou melhor Sal Paradise (tanto faz!) percorrendo as estradas do país. Só que isso não bastou!

O livro é dividido em cinco partes (e nessa edição da L&PM conta com uma introdução e pós-facio do tradutor Eduardo Bueno) que literalmente poderiam ter sido reduzidas a duas ou três.
Sim, porque os anos passam e pouca coisa muda no decorrer da história. 

Eu entendo o marco da retratação de uma geração de artistas, só que não me cativou, não me mobilizou e não me acrescentou significativamente.
Vemos (em meu resumo escroto) um bando de jovens sem juízo e sem rumo, vagando pelo país atrás de bebida e mulheres/homens, mantendo-se roubando trocados ou trabalhando por curtos períodos, tomados por pensamentos que não avançam (ao menos no decorrer das páginas) e que não chegam a lugar nenhum.Quilômetros que te trazem ao mesmo lugar.
Dean é a personificação das minhas palavras. Leiam e afirmem.

Sal é o personagem que nos conta a história, e que eu tinha vontade de cuspir na cara. Ô rapaz besta! Cursando a universidade, procurando ganhar a vida com seus livros e sendo capacho de Dean. Afinal, em determinado momento do livro ele mesmo se dá conta disso, e ainda assim não muda.

Claro que há passagens interessantes, como  os momentos com alguns caronas. Ou quando Sal se apaixona pela mexicana Terry e decide viver colhendo algodão. Só que nas páginas seguintes, todo mundo está de novo na estrada vivendo as mesmas situações. Já cansaram de me ver repetindo isso? Pois no livro é assim. MEU DEUS DE NOVO!!!

Embora algumas pessoas tenham achado Dean um personagem interessante com sua Marylou, eu só me sentia inconformada com tanta gente achando graça num cara que não tinha nada demais e se achava tanto (momento de palmas para Galatea, a única personagem com um pingo de bom senso, e infelizmente um coração apaixonado). Porque até em um dos diálogos que eu mais curti e que me identifiquei (quando Sal está contando sobre um hábito de imaginar uma foice cortando as árvores quando está andando de carro. Eu tenho um hábito semelhante, mas sem cortes de árvores), bom Dean tem que achar que as memórias deles são melhores e abrir a boca sem ouvir o amigo.

Enfim, quer conhecer a geração beat? Tem outros filmes, outros livros que me parecem mais interessantes e que conseguem cumprir esse propósito. Se queres esse... vai fundo!


Essa resenha fez parte do Desafio realmente desafiante de 2013

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