4.2.13

[Na tela] Da beleza de Pi ao sangue em Django

Ah, essa semana eu passei a me dedicar um pouco melhor, viram?
Consegui ir duas vezes no cinema (logicamente motivada pelos muitos filmes que quero ver). Eu fui na terça-feira assistir João e Maria (e aí teríamos duas sangueiras hoje), mas o Cinemark decidiu trocar os horários do filme (pois é) e o único que nos restava era As aventuras de Pi que havia começado há 10 minutos. Fomos de Piscine, eu e o Diego na companhia da Luciana (minha afilhada de casamento).

Aí na quinta eu consegui correr com o Diego ao cinema para assistirmos as carnificinas de Tarantino.







As aventuras de Pi - Life of Pi 
2012 / Ang Lee / 127 minutos


Pi Patel (Suraj Sharma) é filho do dono de um zoológico na Índia. Quando seu pai decide mudar com a família para o Canadá, eles embarcam num cargueiro com os animais. Ocorre um naufrágio e Pi sobrevive em um bota salva-vidas. Através da lembrança dessa viagem ele procura justificar ao jornalista que o entrevista sua busca por Deus. Pelo período de mais de 200 dias ele tem como companhia o tigre de bengala Richard Parker.






Eu estava com vontade de ver Pi (resumindo o título), mas confesso que era mais pelas belas imagens que vi no trailer. Eu não sabia muitos pormenores da história e pensei mais numa aventura de um menino naufragando com um tigre no barco.
Minha prima comentou após ter visto que era muito bom. Fiquei um pouco mais animada, só que não o suficiente para me deslocar ao cinema para vê-lo.
E eis a surpresa! Aos que viram o filme, posso arriscar dizer que a troca de horários foi uma obra de Deus. Sim, porque para minha surpresa (perdi os primeiros minutinhos) Piscine (ou Pi) começa nos contando a história de como ele se encantou com as belezas de Deus, procurando encontrá-lo no hinduísmo, no cristianismo, no islamísmo... Seu pai que não é religioso não compreende (e não aceita muito bem também). No entanto, o que eu acho mais bonito, sua mãe (hindu) aprova.

Então, a viagem de navio que resulta no naufrágio de Pi com Richard Parker (o tigre de bengala), ganha outros propósitos para o telespectador (e logicamente para mim) no decorrer da história. Procuramos compreender, juntamente com o entrevistador de Piscine na atualidade, como essa história que ele viveu pode refletir sua experiência com Deus.

Não, não é um filme religioso. Você pode assisti-lo de outros modos e gostar igualmente. Você pode char a conclusão final antes dos outros e ainda assim se admirar e gostar.
Mas, estou segura que dificilmente alguém irá passar às duas horas de belas imagens sem sequer refletir sobre a vida e nossas capacidades.


Leia mais sobre o possível plágio cometido pelo autor do livro que originou o filme, o plágio seria de um livro brasileiro escrito por um gaúcho.
Recomendo muito essa resenha fantástica sobre o filme e a questão dos reflexos e o sagrado.



E sobre D-J-A-N-G-O, Lili?






Djando livre - Djando unchained 
2013 / Quentin Tarantino / 165 minutos


Django (Jamie Foxx) é um escravo que é libertado pelo caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz (Christoph Waltz). Django aceita a proposta de trabalhar em parceira com o Dr. Schultz até o fim do inverno, quando então o alemão o auxiliará a encontrar e libertar sua esposa Broomhilda (Kerry Washington).
Porém, ela se encontra na fazenda de Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), famosa pelo treinador Ace Woody, que treina os escravos locais para a luta.





Eu devo iniciar dizendo que Django é para quem gosta de Tarantino. Infelizmente. Porque o modo de o diretor trabalhar não faz com que qualquer um consiga acompanhar seu trabalho até o fim (entendem, né?). Ele não é tão bom quanto Bastardos Inglórios, entretanto é um dos filmes do diretor que eu mais gostei.
Sim, ele está extremamente romântico para um filme do diretor, os diálogos não estão tão primorosos, etc etc etc. Acho que o que eu mais gostei foi de ver a plasticidade sem perder sua característica intrínseca.
E claro que os atores colaboraram bastante.
Christoph Waltz está maravilhoso novamente. No começo, achei os trejeitos muito semelhantes ao seu papel que lhe rendeu o Oscar. Só que ao longo do filme isso se perde, vemos o caçador de recompensas justiceiro e insensível se render para ajudar Django a resgatar sua amada. Vemos seu rosto se contorcer diante de atrocidades realizadas.
E vemos insanidade, cobiça e maldade nos olhos de Leonardo DiCaprio. 
Há momentos ridiculamente engraçados e outros de embrulhar o estômago e alguns para sorrir satisfeito.


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