13.3.13

[Resenha] P.S. Eu te amo




Título: P.S. Eu te amo
Título original: P.S. I love you
Autor(a): Cecilia Ahern (site)
País: Irlanda
Ano publicação original: 2004
Editora: Novo Conceito, Ediouro, Relume Dumará
Páginas: 368




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(4/5)

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Dando início a temporada de releituras, eu vim falar de um livro bem desconhecido, de quem ninguém ouviu falar... pois é!
Na verdade, vim tratar de um livro muito especial para mim, um dos meus favoritos e com uma longa história.
Raquel, minha best da bio, me carregou para assistir no cinema a adaptação e passou uma vergonha danada do meu lado de tanto que eu chorava e ria/chorava. Ela estava lendo o livro em inglês emprestado. Conversou com a dona do livro e acabou me emprestando, mas minha negação em inglês e a culpa de arrastar a leitura de um livro de alguém que não conheço, me fez devolver.
Passei anos procurando em todas as livrarias físicas e virtuais, sebos e etc. Tive que me contentar em ler ele em pdf (em inglês). Porque eu realmente PRECISAVA ler.

Após ter sido esgotado e jamais lançada uma nova tiragem, a Novo Conceito decidiu re-publicar ano passado e me deixar feliz de possuir um exemplar físico.
Assim, ele é um dos livros relidos esse mês e, novamente, a causa de uma depressão profunda no início do mês pela morte de Gerry (eu passo mal toda vez que tenho que apagar um abajur).
Graças a capa nova, ele entra para o  Desafio realmente desafiante no item

4. Ler um livro com um casal apaixonado na capa.  

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Breve sinopse


Holly viveu metade da sua vida com Gerry. Ele era seu marido, seu melhor amigo, seu confidente, seu companheiro e o suporte de sua vida. A vida de Holly se organizou em torno de Gerry, mas o destino quis que ele falecesse cedo, deixando-a desamparada e sem rumo.
Conhecendo sua esposa e baseado numa brincadeira feita enquanto vivo com os amigos, ele deixa cartas mensais que ela deve ler mês a mês após sua morte para reaprender a viver.
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 “Você foi minha vida, e eu fui apenas um capítulo da sua."
frase do filme homônimo

Como eu já disse, quase todo mundo conhece a história, nem que seja superficialmente. E de modo geral ela pode ser resumida exatamente a isso: a superação de uma perda enorme, auto-conhecimento e reestruturação da própria vida.
Ao longo das páginas acompanhamos os altos e baixos da Holly após a grande perda. Conhecemos o Gerry e os motivos que o tornaram alguém tão especial, não apenas para Holly, mas também para seus amigos.

Há três pontos que eu considero fantásticos no livro.
O primeiro trata da revelação de que viver um grande amor, daqueles de cinema pode gerar uma dor muito maior do que um amor não tão "viveram felizes para sempre". Não é que Holly-Gerry não tivessem suas diferenças e seus problemas. Acontece que Holly amava tanto ele e era tão feliz assim, que jamais pensou que houvessem outras 'necessidades' na vida que não incluíssem Gerry.
Eu acho importantíssimo ressaltar isso, aquela velha história de que precisamos ser capazes de nos auto-satisfazer, que primeiro temos que amar a nós mesmos e tudo mais.

O segundo diz respeito ao modo como enxergamos as pessoas pelos olhos das outras. Vemos a protagonista descobrir que foi equivocada durante boa parte da vida na avaliação de pessoas a sua volta simplesmente porque procurava ver com os olhos de quem ela admirava, e admirava com tanta adoração que não se dava conta dos defeitos dessas pessoas.

E, por fim, de que às vezes nos enclausuramos na própria dor e no egoismo do nosso próprio sofrimento, sem prestar atenção a dor dos demais. Insistimos em sentir pena de nós mesmos e queremos que os outros não nos tratem com pena e também sintam pena. Que nos deixem em paz para sofrer e que não nos abandonem para sofrer. Resumindo: querendo que, de certa forma, nós e nossa dor se tornem o centro da vida dos nossos entes queridos.

No mais, o livro é cômico na maior parte do tempo, mesmo tratando de um fato tão triste. Recordamos as trapalhadas do casal, rimos das mancadas atuais, nos apaixonamos novamente, choramos um pouco, rimos de mais loucuras atuais e não acreditamos em algumas cenas tão exageradas: como quando Holly encontra Laura.

Achei linda a diagramação feita pela Novo Conceito (apesar de não gostar da capa), a leitura é gostosa e fluida.

No mais, só tenho a dizer que você nunca deve usar um festido branco e caro numa festa, a não ser que seja uma noiva!

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