22.1.14

[Resenha] Quem é você Alasca?






Título: Quem é você Alasca?
Título original: Looking for Alasca
Autor(a): John Green
País: Estados Unidos
Ano publicação original: 2005
Editora: Martins Fontes
Páginas: 240






(4/5)

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Quando tomei conhecimento da existência de John Green, o livro que mais me conquistou pelo título foi justamente esse.
Eu estava mais ansiosa pela leitura dele e imaginei que fosse gostar muito mais do que de A culpa é das estrelas.
Mesmo que eu tenho curtido e continue achando o autor fantástico, não foi bem assim.

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Breve sinopse

A adolescência de Miles não tem sido tão memorável. Ele nem tem amigos, apenas uma coleção de últimas palavras retiradas de biografias lidas. E então, ele decide mudar para uma escola internato, conhece o General e se apaixona pela menina mais linda e mais incompreensível que já conheceu: Alasca. Ele agora tem um amigo, uma paixão e muitas histórias para vivenciar.
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Eu adoro livros sobre a adolescência. Talvez eu seja uma eterna adolescente. E Miles é o protagonista que consegue em cativar de um modo muito doce.
Ele é o típico adolescente desprezado pela massa adolescente que busca um rumo. E a história transcorre até o que chamarei de 'ponto zero', exatamente do modo que imaginamos.
No primeiro livro de John Green, Miles nos conta sobre sua mudança para uma escola-internato em que seu pai estudou lá no Alabama. E é lá que finalmente sua vida parece se encher de cor. Principalmente porque ele se apaixona pela vigorosa Alasca.

Os capítulos são intitulados temporalmente, a contagem inicialmente é regressiva até o que eu chame de 'ponto zero', a partir daí os capítulos são subsequentes ao acontecimento. E esse foi um modo de nos instigar que muito me agradou.

O que eu não gostei foi da própria Alasca. E parece piada, porque esse ar de "esperado" do personagem do Miles foi positivo, enquanto que para mim, Alasca ser a garota linda, sensual, inconsequente e inteligente me deixou decepcionada. Com a sensação de "para variar, né?".

Na maior parte do tempo, a leitura é divertida. Estamos lidando com as aprontadas e mancadas de adolescentes. Ainda assim, sempre há aquele toque John Green que já se espera. Trechos que surgem que aproximam esses personagens das mais variadas realidades e amolecem nossos corações diante da verdade de que todos temos problemas ou conhecemos pessoas com grandes problemas para lidar na vida.
Que ser rico ou bonito ou popular, não nos isenta das dores vividas. Que em alguns momentos justifica esse modo de viver alucinado que desperta admiração de tantas pessoas. Em especial dos jovens.


(...) Eu queria ser uma dessas pessoas que têm uma sequência a manter, que chamuscam o chão com sua intensidade. Mas agora, pelo menos, eu conhecia pessoas desse tipo, e elas precisavam de mim como um cometa precisa de uma cauda.
p. 51

Ao tratar da perda, o autor nos encaminha para um momento em que questionamos o mundo e em que buscamos compreender o significado da vida, colecionar memórias, manter na mente as últimas palavras trocadas.

Gostei do enredo, gostei do encaminhamento que o autor dá mesmo quando meu coração deseja outro resultado, gostei do texto, até gostei da Alasca em muitas outras passagens e acho que muita gente vai curtir.
Ainda assim, fiquei com aquela sensação de que poderia ter sido melhor.

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