Eu já falei outras vezes aqui sobre o abraço. Sobre quanto me encanta envolver ou ser envolvida por braços. O quanto esse gesto conforta, transmite palavras, abre caminhos.
Abraçar parece fácil, mas nem sempre é. O abraço verdadeiro é uma troca, o difícil é às vezes nos sentirmos abertos o bastante para sermos abraçados.
Todos os dias somos ensinados e condicionados a sermos fortes, lutarmos, vencermos a vida. São poucos os momentos em que somos incitados a nos fragilizarmos, em despirmos nossas armaduras para pedir a proteção de um abraço.
Pedir um abraço é necessário. Tão importante quando comer. Significa "diminuir-se" em um dado momento, dizer ao outro alguém que nós não somos autossuficientes, que o calor de outro é reconfortante, que você precisa de algo.
Ser abraçado é abrir um espaço para dividir os sentimentos, seja diminuir a dor, seja doar amor.
Querer ser abraçado é querer ser querido.
Abraçar é bom. É aceitar o outro. É querer dar. É confortar. É proteger.
O abraço é a terapia que permite que nós ocupemos os dois lugares, o que abraça e o que é abraçado.
Essa semana eu pude ocupar os dois espaços em momentos distintos, momentos que marcaram fortemente esses dois papéis. E eu lhes pergunto, quanto vocês praticam esse exercício? O de verdadeiramente abraçar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário