19.2.14

[Resenha] O presente - Cecelia Ahern







Título: O presente
Título original: The gift
Autor(a): Cecelia Ahern (site)
País: Irlanda
Ano publicação original: 2008
Editora: Novo Conceito
Páginas: 320






(4/5)

----------------------------------------------------------------------------------------------

Eu me animei a ler simplesmente pela autora. Sem esperar nada de especial, apenas as resenhas dele. E me vi incluindo na lista dos livros para se pegar de vez em quando para refletir sobre a vida.

----------------------------------------------------------------------------------------------
Breve sinopse

Lou Suffern vive correndo, o corpo está aqui enquanto a cabeça já está lá. Sua vida é o sucesso no trabalho, cada vez mais se afastando de sua família. Numa manhã de inverno, Lou encontra Gabe, um morador de rua, sentado no chão, sob o frio e a neve, do lado de fora do imenso edifício onde Suffern trabalha. Os dois começam a conversar, e Lou acaba lhe arranjando um emprego. Mas logo o executivo arrepende-se de ajudar Gabe: sua presença o perturba. O ex-mendigo parece estar em dois lugares ao mesmo tempo, e, além disso, Gabe lhe fala umas coisas muito incomuns, como se soubesse do que não deveria saber... Quando começa a entender quem é realmente Gabe, e o que ele faz em sua vida, o executivo percebe que passará pela mais dura das provações. Esta história é sobre uma pessoa que descobre quem é. Sobre uma pessoa cujo interior é revelado a todos que a estimam. E todos são revelados a ela. No momento certo.
----------------------------------------------------------------------------------------------

As casas, na manhã de Natal, são arcas de tesouro repletas de verdades ocultas. Uma guirlanda na porta é como um dedo sobre o lábio; persianas são  pálpebras fechadas. Então, em algum momento um brilho morno surge; é o indício sutil de que algo está acontecendo ali dentro. (...)
p. 11

Eu comprei um livro num impulso de fim de semana e ele chegou lá em casa em um dia que eu precisava de palavras confortadoras. Então eu posso dizer O presente atendeu a todas as minhas expectativas para o momento.

Uma história que começa no Natal em que um policial decide compartilhar com um menino que aguarda a mãe na delegacia uma situação inusitada.
Nós desconhecemos no início o inusitado, mas somos apresentado a Lou Suffern, o emrpesãrio que sempre consegue fazer duas coisas ao mesmo tempo.
É o homem típico que vive para ser um sucesso e ferra cada vez mais com sua vida pessoas e de seus familiares.
Num ato de desprendimento, decide doar seu café para um mendigo que lhe passa informações sobre seu chefe que ele considera interessante. E o próprio mendigo, Gabe, lhe causa uma impressão forte. que não o abandona durante o dia.
É assim que acaba lhe ofertando um emprego na empresa e abrindo caminho para a inquietação sobre esse sujeito cheio de sabedoria e que parece ser ainda mais ágil para estar em dois lugares ao mesmo tempo. 

As pessoas, como as casas, guardam segredos. às vezes, os segredos as habitam; outras vezes, são elas que habitam seus segredos. (...)
p. 13

Gabe deixa o leitor intrigado e a fazer suposições sobre se papel, e o mesmo acontece com Lou. Mas o real significado do encontro de ambos se torna mais claro quando Gabe compartilha sua agilidade.
Surge a oportunidade de Lou reconsiderar suas escolhas e suas ações, mas calma lá, a autora nos surpreende.

Lou Suffern achava que sabia de tudo.
Mas estava apenas começando a arranhar a superfície.
p. 155

No início, confesso que fiquei com a sensação de ser uma nova versão de Um conto de natal do Dickens. Muitos aspectos lembram, mesmo porque é um livro muito reflexivo e que aborda posturas de vida semelhantes. E a época de Natal.

Tenho certeza de que qualquer um sentirá um impulso de registrar vários quotes porque há vários bonitos.
A única coisa que eu realmente não compreendi foi a moral da história com os policiais e o garoto. Se alguém se candidatar a me explicar, fiquei com a sensação que deixei algo escapar.
- Você espera que eu acredite nessa história?
- Não.
- Então, porque me contou tudo isso?
- As pessoas contam histórias, e aqueles que as ouvem devem decidir se acreditam nelas ou não, e isso não depende do contador de histórias.
p. 138

Recomendo a leitura e convido vocês a concorrerem ao sorteio do livro. Aqui estão as explicações.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 
Minima Color Base por Layous Ceu Azul & Blogger Team