2.4.14

[Resenha] Desculpa se te chamo de amor






Título: Desculpa se te chamo de amor
Título original: Scusa ma ti chiamo amore
Autor(a):  Federico Moccia
País: Itália
Ano publicação original: 2007
Editora: Planeta
Páginas: 413




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(5/5)

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Alguns livros possuem uma história de como entraram para nossa vida. Esse é um deles.
Há uns anos, estávamos Diego e eu na casa dele de bobeira, eu estou passando os canais quando vejo um filme em italiano passando. Sequer sei a história, ele já começou, mas eu não resisto à língua e paro para ver. O Diego diz que já viu uns trechos em outro dia e nós dois começamos a acompanhar a história de Niki e Alessandro.
Aí em 2012 eu comecei a ver algumas resenhas de livros do autor e me deparo com uma história que não me é tão estranha. E vejo o farol e penso que não pode ser coincidência, porque o autor é italiano. Não dá outra, fico louca pelo livro e para experimentar as elogiadas palavras do Moccia.

Agora vos conto.

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Breve sinopse

Niki é uma adolescente de 17 anos muito espontânea. Passa a maior parte do seu tempo com suas queridas amigas, as Ondas. Ela sonha com um amor que surgirá repentinamente.
Alessandro é um publicitário de sucesso que está na fossa por ter sido abandonado pela namorada com quem pretendia casar. Agora se vê em perigo no emprego.
Em uma manhã ambos levantam atrasados, Niki voa em sua moto e Alessandro nervoso espia o jornal para ter o que conversar com o chefe na reunião. E o acaso põe frente a frente o que quase vinte anos separam. Um acidente de trânsito poderia iniciar um romance?

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(...) Mas o que é o amor? Existe uma regra, uma forma, uma receita? Ou tudo é casual e você só deve esperar ter sorte?
p. 39

O livro começa numa confusão. Frases curtas como diálogos.
Somos bombardeados com cenas das Ondas (um nome que me incomodou, mas que faz sentido em uma cena quando fica claro que o nome do grupo vem de ONDE, onda em italiano e palavra composta pela inicial das integrantes do grupo) e sua jovialidade.
Também nos deparamos com a frustração de Alessandro.

O autor nos prepara para um encontro desses dois mundos deixando-nos antes habituados a cada um deles. E é quando somos forçados ao encontro como no próprio acidente dos personagens.
E a presença de Niki se torna uma pressão constante. Fazendo com que eu me questione a razão de Alessandro se submeter a ela. Por que aceita suas loucuras? Por que não a enfrenta?

E não encontramos respostas além da própria personalidade dele, de ser sempre aberto a pressão dos outros. Mesmo quando vive claramente quebrando a cara.
Enquanto o prometido romance não chega a engrenar nos damos conta que a pressão inicial de Niki cede, ela amadurece subitamente fornecendo o contrário. Ela dá liberdade a Alex.

Embora eu me pegasse rindo e amando inúmeras passagens bem poéticas, confesso que (junto com minha falta de ritmo de leitura) ficava ansiosa porque demorou para o romance se iniciar. Não temporalmente, visto que a história toda se passa num período de tempo curto. Mas no decorrer das páginas.

Moccia é um autor para agradar os corações, porque você sente arrepios e o coração amolecer praticamente a cada página. Só que ele não é meloso. Consegue ser extremamente jovial, não apenas nas cenas adolescentes.
Ele traz uma atualidade constante com suas músicas e filmes citados, com os acontecimentos reais e a vida de seus personagens.
Acima de tudo, ele consegue trazer um romance incomum e repleto de preconceitos para ambientar um livro que trata de amor e de seus problemas.

Eu simplesmente me encantei com o modo como ele incluiu outras pequenas histórias para ampliar a discussão do amor. Com Mauro e Paola vamos a fundo na discussão do ciúme, ciúme que também pretende asfixiar a relação de Enrico e Camilla.
Temos a menina do quarto índigo, que se apaixona pelo dono do notebook abandonado, pelas suas palavras e seus pensamentos, mesmo que desconheça sua face.
Somos agraciados com o lindo romance dos pais de Niki, com seu cotidiano, seu amor duradouro. E com os sonhos de viver um amor ideal de Diletta.

"Você está enganado, Enrico, eu amo o amor. A beleza do amor. A liberdade do amor. Amo a ideia de que nada é devido, que o amor dos outros, o tempo deles, a atenção deles são presentes a serem merecidos e não exigidos. Mesmo quando somos um casal. Fica-se junto por escolha e não por dever, 
p. 298

Embora o livro e o filme sejam muito semelhantes pela minha memória, conhecer a história só me deixou agoniada com a campanha da bala. Porque a imagem da publicidade me marcou profundamente.
Ainda assim, minha memória permitiu com que eu esquecesse alguns detalhes para me surpreender novamente e me emocionar.
Emocionar-me com o amor e o amor amizade, extremamente forte no livro.

Então, se você não leu, ou se deixou perder pelo o início maluco, persista. Você pode se apaixonar também.

(...) Porque, no amor, as estradas e as paisagens são sempre uma descoberta contínua 
p. 405

Louca para ler e ver a continuação.
Aproveitem e vejam o trailer do filme.




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