20.2.15

Santiago, Valparaíso e Viña del Mar - parte 3

Não, eu não me perdi e esqueci de finalizar sobre a viagem. Seguimos adiante depois de 4 dias no Chile.

Nosso quinto dia foi uma sexta-feira, feriado, dia do Exército. Eu já havia questionado sobre desfiles militares e descobrimos que eles aconteciam em algumas vias principais. Como era um dia em que nada abria e, conferindo a agenda, verifiquei que era dia de Troca da Guarda no Palacio de la Moneda, optamos por ser um dia passeando por Santiago mesmo.

Após mais um café da manhã delicioso, fomos de metrô até o centro. Desci próximo a Catedral em mais uma vã tentativa de entrar, mas até as igrejas estavam fechados no feriado.
Em companhia de um querido perrito fomos até o Palácio ver a troca e acompanhamos a guarda em marcha.



Optamos por ir caminhando até o Cerro Santa Lucía, o que foi bem legal, já que cruzamos com mais dois desfiles pelo caminho. 



 Esse morro não é tão alto, mas é um local bem bonito. Com certeza vale a pena visitar e dedicar um tempinho às fotos e ao descanso.
Apesar de haver provado na noite anterior em uma fonda o mote con huesillos  e adorado, não recomendo MESMO que comprem aqui no Cerro Santa Lucía. É absurdamente doce e o pêssego tem um aspecto estranho, tão estranho que aderi ao desperdício e jogue fora assim que olhei para ele.



De lá nos deslocamos de metrô até o Restaurante Giratório. Fiquei com receio de, por ser feriado e ter poucas opções, não conseguirmos mesa sem reserva, mas foi beeeeeeeeeeeeeeeeeeeeemmmm tranquilo.
Eu comi bastante, como sempre nessas viagens com o Diego, já que ele não divide o prato comigo (e é sempre muito grande para mim). E a "zoiuda" ainda quis comer sobremesa. 
A verdade é que eu achei a comida gostosa, nada excepcional diante de qualquer outro local em que comemos. ou seja, não é um bom custo-benefício.
Ok, a vista é legal, mas você sobe em tantos lugares... E, eu fiquei enjoada nos primeiros momentos com a vibração do motor.


O resto da tarde curtimos no hotel e numa caminhada pelos arredores, porque eu realmente passei mal de tanto comer. Novamente as lombrigas só se aquietaram com um sorvete da Grido (que estava aberta!).
A noite fomos ao bar Sports Cafe na avenida Apoquindo. Um achado depois de uma boa pernada por uma refeição no feriado. E aprovamos!

Sábado seguimos as dicas da blogosfera e montamos um roteiro Valparaíso-Viña de um dia por conta.
Fomos de metrô até a estação Universidad de Santiago e lá na Rodoviária compramos as passagens. Por ser fim de semana, acabamos chegando um pouco tarde e isso significou perder a manhã de passeio (percurso até rodoviária, esperar ônibus, chegar a Valparaíso), porém, o que fez tudo dar certo foi a minha ideia de comprar as passagens de ida para Valparaíso e volta de Viña del Mar. A maioria das sugestões de blogs havia sido de ida e volta da mesma cidade. Eu achei uma perda de tepo e dinheiro de viagem. E se eu disser que a moça da rodoviária falou que saía mais caro, aí eu pedi para ela verificar os preços para eu ver se valia a pena pagar mais caro e.... SAÍA O MESMO VALOR! ! ! Pois é.

Chegando a Valparaíso, considerei seguir a dica de pegar um ônibus ou táxi, mas acabei optando por seguir a pé.
Minha meta era ir até o Museu de História Natural, pelo caminho eu já iria retirar da minha lista alguns locais. Mesmo precisando recorrer constantemente ao "quem tem boca vai à Roma", considero essa ainda a melhor opção (e mais econômica).
Foi nesse percurso que fiz amizade com mais um cão chileno, e fui chegando à conclusão de que sairia do Chile sem visitar igrejas.






O Museu de História Natural estava em reforma (pois é, mais uma por lá). Portanto, só havia uma sala de exposição. Só que quando o Diego contou que eu era bióloga, em lua de mel, frustrada por tudo estar fechado e que meu principal ponto turístico era o museu. Bem, o moço foi um amor e me levou por um tour pela estrutura reformada contando TUDO: o planejamento deles para cada sala, como seria a iluminação, os ruídos, a finalidade... eu fiquei lá sonhando e babando em voltar para ver as pessoas circulando pelo local lindão que estava coberto por plástico.

Acabamos comendo um sanduíche ali mesmo no bar do museu (que foi caro, mas eu estava com medo de comer nos restaurantes da cidade até encontrar alguns decentes). E então a pernada foi até Monumento a Los Heroes  na  Plaza Sotomayor. É um monumento belíssimo onde foram enterrados os corpos de alguns combatentes do Combate Naval de Iquique.



E como em Valparaíso o mundo é o mar, fomos ao Museu Marítimo Nacional. Bom, a verdade é que foi a parte mais frustrante. Porque os ascensores que eu queria conhecer estavam todos sem funcionar. E fazer essa subida do Artilleria foi triste. Porque repentinamente ficou muito calor e eu já estava quase ficando nua.
Mas o museu em si é interessante. Fala muito sobre estratégias e os combates. Não é exatamente o tipo de museu que mais me atrai. Unindo isso ao fato de estarmos cansados e com receio de não aproveitar Vinã, partimos sem ver tudo 1 hora depois. Ponto alto do museu, é estar preparado para deficientes visuais. 





A ida a Vinã del mar se deu facilmente pelo Merval. O triste é que é necessário comprar o cartão para inserir créditos da passagem. Não é caro, mas é chato ter esse gasto extra desnecessariamente para uma única passagem.
Chegamos lá muito rápido. Mal deu para curtir.



Chegando lá, com o medo do Diego de perdermos nosso ônibus, tivemos que priorizar. Quinta Vergara  foi abandonado por estar recebendo um evento infantil pago.
Rumamos para o Museo Fonk,  exatamente o tipo de pequeno museu que me encanta. Lembra demais os museus de história natural que vi na Inglaterra e sonhava em ter no Brasil.
Fiquei até triste de ver as pessoas só lembrarem dele para ir lá na frente tirar uma foto com o Moai (muitas vezes sem sair do carro). Ele vale a pena por ser bom e pequeno, então permite que você tenha uma ampla visão num período de tempo curto.



Fomos espiar o Pacífico em frente ao Cassino, onde fiquei namorando os pelicanos. Caminhando próximo ao mar até o Relógio de flores, quase esqueci os castelos. É que um leão marinho com seus súditos pelicanos me fizeram esquecer a vida.






A viagem de volta foi tranquila. Chegamos no horário e ainda pudemos dar uma voltinha no Shopping em frente.

Para o domingo que foi oficialmente nosso último dia, havíamos feito a reserva da Concha y Toro. Novamente fomos de metrô e pretendíamos seguir até lá de ônibus, mas como era domingo e poderia demorar, acabamos tomando um táxi.


O passeio pela vinícola vale  apena apesar de não ser muito barato. E também de atrasar um bocadinho.
O que eu mais gostei foi de encontrar por acaso a Fer enquanto espiava a apresentação diante do restaurante. Papeamos e ficamos sabendo que não deveríamos nos decepcionar com as vinhas tão feinhas pós poda.






O almoço acabou sendo por lá. Dividimos um prato e uma entrada de queijos, optamos por degustar alguns vinhos no almoço além do que acabamos levando da loja.

Agarramos um transfer para retornar ao metrô e de lá seguimos para Bellavista para duas visitas que eu estava com medo de não conseguir fazer: La Chascona  (simplesmente maravilhosa, espetacular, me levou às lágrimas e me fez querer visitar as demais casas) e o Cerro San Cristobal.




Sobre a Casa de Neruda à Matilde, tenho a dizer que eu realmente não esperava o que vi. Acredito que cada uma vale a pena porque o museu conta a história da casa, não exatamente do poeta. O ingresso não é barato, mas cada centavo é bem investido na experiência e no atendimento.

Saindo de lá após reencontrar a Fer, tivemos a oportunidade de tomar o último funicular do dia para subir no Cerro San Cristobal e admirar a Virgem.
Foi o momento de agradecer aos momentos maravilhosos que vivenciamos lá, terra inóspita e rica do Chile.


O jantar, foi uma tentativa de homicídio por excesso de comida por parte do Diego. Queria chorar de tanta comida que sobrou e estava tudo delicioso. Comemos no Patio Bellavista no Lizarran. Fiquei com muita vontade de provar o de comida colombiana, mas não fomos muito bem recepcionados.

É isso pessoal. Nosso último dia foi extremamente chuvoso, só fiquei zanzando no shopping pela tarde, tomando sorvete na Freddo e comendo. Fiquei muito frustrada com a chuva e preparando as malas para a volta.

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