22.10.12

[Na tela] As vantagens de ser invisível

Hoje eu estava planejando falar sobre Qual seu número? que assisti no fim de semana. 
Aí surgiu a oportunidade de ir ao cinema ver um filme que me despertou o desejo (algo que não acontecia há semanas). 
Pensei em dar um espacinho para a comédia romântica, só que vi que isso seria miserável. Falo dela outro dia, porque o espaço hoje precisa ser único para um filme que me comoveu. 

 Graças ao temporal que ocorreu hoje à tarde, a Kênia pode ir me fazer companhia para assistir As vantagens de ser invisível, filme estrelado por adolescentes como "Percy Jackson" e "Hermione".

As vantagens de ser invisível - The Perks of Being a Wallflower 
............... Stephen Chbosky 
............... 2012 
............... 103 minutos

"Somos infinitos". É nessa busca que a história de Charlie (Logan Lerman), um aspirante a escritor, se baseia. O adolescente tímido e impopular descreve a sua vida em uma série de cartas para uma pessoa anônima e explora as fases difíceis da adolescência, incluindo o uso de drogas e sexualidade. O jovem tem dificuldades para interagir em sua nova escola, se sentindo deslocado e sem amigos. Seu professor de Literatura, no entanto, acredita nele e o vê como um gênio. Mas Charlie continua a pensar pouco de si até o dia em que Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson) o aceitam e passam a andar com ele. Nesse momento, um novo universo se abre para os três.

Eu me torno suspeita para falar, porque eu adorei o filme desde a trilha sonora, até as imagens utilizadas. As desfocagens, as expressões faciais dos atores (aliás Logan Lerman está de parabéns, longe de se parecer com o bonitinho hollywoodiano bobinho de Os três mosqueteiros), a história, a temática. Era o filme que eu precisava.

Eu curto muito filmes que tratam da adolescência, principalmente da problemática de crescer e lidar com os inúmeros problemas e confusões que a vida coloca em nossos colos. Esse é um filme desses com assuntos densos. Tratados de um modo que oscila entre o suave e o espinhoso.
Charlie tem uma vida difícil e emociona ver sua expectativa em encontrar um amigo para tentar vencer uma batalha. E ver que seu único amigo é ninguém (isso pode ser ambíguo para quem vir o filme). Ele escreve para alguém que já não está lá para não se sentir solitário.
Vemos ele passar por diversas experiências boas e ruins, ascender positivamente ao conquistar a amizade de Patrick e Sam. E se apaixonar de um modo salvador para seus problemas.

Também enfrentamos os problemas de seus amigos, desde o que parece simples, como se relacionar com quem acaba machucando a gente, até confuso, como um relacionamento gay escondido dos pais.

O filme me lembrou a sensação de assistir As melhores coisas do mundo de Laís Jardim, onde crescer é doloroso, penoso e bonito. Mais do que isso, crescer não faz parte apenas da adolescência, crescer é mudar. E o fazemos todos os dias quando fazemos escolhas.

Deixo aqui um dos diálogos mais bonitos do filme, que aparece duas vezes. A primeira com Charlie e seu professor de inglês. E a segunda entre Sam e Charlie. Aliás, aposto que você já se fez a mesma pergunta. Quem sabe tenha obtido resposta semelhante.


- Why do I and everyone I love pick people who treat us like we're nothing?
- We accept the love we think we deserve.




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